terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Perdidos e Achados: Veleiro é roubado e localizado em Santa Catarina.


Enviado por: Xico Freitas / Murillo Novaes

O San Chico localizado na baía dos Golfinhos. Olhando assim parece até que nada aconteceu.
Direto da terra da garoa, que agora é a terra do dilúvio, vamos de extrinha curioso porque enquanto eu gestava o resumão (já vai!!!) recebi este relato do Xico Freitas que é uma lição em vários sentidos. Loucura, loucura!! 
Desaparecido - “Pessoal, desculpem-me pela demora em fazer este relato, mas só agora que consegui me recuperar do susto que passamos.
Diferente de quando ele desaparece na frente de seus adversários velejando rapidamente, desta vez foi diferente.
Após chegar de Porto Belo deixamos o 
San Chico na poita que iremos usar durante o Circuito Oceânico e fomos buscar o carro na sede do Centro do Iate Clube Santa Catarina. Devemos ter ficado longe do San Chico por, no máximo, duas horas e quando retornamos chegando ao trapiche já senti a falta do barco.
Perguntei ao responsável pelo vai-e-vem onde estava o meu barco e ele respondeu que estava próximo do Beneteau azul, achando que eu estava brincando. Quando ele olhou para onde estaria o barco viu que não era brincadeira o desespero começou.
Primeiramente achamos que ele teria se soltado da poita (dos dois cabos que o amarravam) e estaria à deriva.
Infelizmente quando chegamos na sede de Jurerê desliguei o SPOT(rastreador), o que poderia ser a solução para achar o barco facilmente.
 desesperado, navegando com o ‘vai-e-vem’ de um lado para o outro e não vendo barco algum resolvemos voltar ao clube. Estes minutos foram o suficiente para enlouquecermos. Não dava para acreditar. Como um barco de 33 pés conseguiria sumir desta forma como se fosse um passe de mágica?
Prontamente o Gusmão e o Fipa (Felipe Linhares) coloram a lancha do Gusmão na água e fomos procurar algum sinal do 
San Chico.
Como o vento era sul de uns 20 nós, o barco só poderia ter ido em direção a ilha do Francês e proximidade. Foi nessa direção que intensificamos as buscas enquanto os funcionários do ICSC não mediam esforços para encontrar o 
San Chico.
O Luciano (Gerente da Sub-sede) já havia entrado em contato com a Capitania dos Portos de SC notificando o sumiço do barco e o rádio repetia as características do 
San Chico e que havia desaparecido de Jurerê.
Logo logo as informações tomaram um outro rumo. O marinheiro que cuida do barco da família Schürmann viram o 
San Chico com dois tripulantes navegando rumo norte a motor.

San Chico havia sido ROUBADO.

Logo depois um barco de pescadores avisou que haviam visto o barco indo em direção a ilha do Arvoredo (Norte). Já não tínhamos duvida, o 
San Chico foi roubado mesmo.
Neste momento sócios e diretores do ICSC entravam em contato com autoridades, Brigada Militar, Guarda Costeira, etc.
Para vocês terem ideia, até o helicóptero Águia, da Brigada Militar, estava no ar ajudando as buscas.
A operação de busca estava montada e todos não mediam esforços para tentar localizar o barco.
A Rejane já havia feito o Boletim de Ocorrência e tudo que poderia ser feito para localizar estava sendo feito.
Enquanto isso, o Gusmão, o Fipa e eu, visitamos todas as baias até Porto Belo onde os ladrões poderiam ter se refugiados.
Por volta das 19:30 um dos
 marinheiros do clube, o Arilson, ligou para seu primo que mora na baia dos Golfinhos perguntando se haviam visto um barco com as características do San Chico, mas infelizmente ele não estava em casa e o Arilson resolveu deixar recado.

Alguns minutos depois o Arilson recebe uma ligação a cobrar de seu primo dizendo que estava na praia vendo o 
San Chico na poita em frente à baia dos Golfinhos.
Não sabíamos em que condições poderíamos encontrar o 
San Chico, mas tínhamos a esperança de pelo menos encontrar o barco em condições de correr o Circuito.
A Capitania dos Portos e o Luciano (gerente da sub sede) foram os primeiros a chegar no barco. Todos os instrumentos e luzes do painel de controle estavam acesas, o motor ainda estava quente mas aparentemente tudo estava dentro do barco. Não havia muitos sinais de que as coisas tenham sido mexidas mas era evidente que as pessoas que pegaram o barco não tiveram muito tempo para fugir.
Fazendo uma avaliação de tudo como ocorreu, acredito também que essas pessoas que pegaram o 
barco sabiam muito bem comandar o barco, ligar o motor, amarrar, mas não faziam idéia de que nós em tão pouco tempo conseguiríamos realizar uma operação deste tamanho.
Felizmente tudo estava a bordo e recuperamos o barco. Tenho como obrigação agradecer a todos os funcionários, sócios e diretores do Iate Clube de Santa Catarina pelo empenho. Em especial ao Luciano, ao Arilson, ao Gusmão e ao Felipe Linhares (Fipa). O meu muito obrigado.
Passado todo esse susto já nos concentramos novamente no circuito e estamos fazendo de tudo para que possamos realizar um grande campeonato”. Sinistro!! Literalmente...

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Bons ventos ao San Chico! Bom Campeonato!

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